Fiquei tão indignada qdo soube
tudo que aconteceu à
Giovana q, sinceramente, nem consegui organizar meu pensamento p/ postar algo sobre isso aqui. Eu me senti agredida, me coloquei no lugar dela (até pq, de certa forma, todas nós que somos mães e temos blogs, estivemos sim no lugar dela)! E espero, sinceramente, que hj ela esteja melhor (pq posso imaginar o que ela passou).
A notícia repercutiu de forma muito positiva p/ nós mamães, já que em solidariedade à Giovana, todo mundo se uniu. Rolou todo um bafafá por todos os lados e meios.
Resultado? A Folha de São Paulo resolveu se retratar e publicou o seguinte texto:
Ombudsman - "Razões de Mãe" - Resposta da Folha de São Paulo
Reportagem que criticava blogs maternos expõe entrevistada (e filho) sem dar voz suficiente a ela.
Você colocaria fotografias das várias fases do seu filho em um blog?Muita gente diria que não, algumas que sim.
Você tiraria uma foto sorrindo, com seu filho no colo, para uma reportagem com o título: "Mães colocam crianças em "Baby Brother" na internet? Todo mundo, com alguma sanidade, diria que não.
A Folha, infelizmente, não fez essa segunda pergunta à entrevistada no domingo passado. O texto que falava de blogs maternos, em que mulheres contam o desenvolvimento dos filhos e trocam experiências, condenava, na boca de três especialistas, esses sites.
A foto era da autora do site "Nascendo uma mãe", Giovana Reobol, 35, com Lucca, 2. "Fui procurada para falar sobre blogs com histórias de crianças, não sabia que a discussão era sobre expor intimidades", reclama Giovana.
A redação informa que o texto "constatou um fenômeno" e que a entrevistada foi questionada sobre os prós e os contras dessa prática. "A repórter me perguntou sobre privacidade, só que o foco da entrevista não era esse, falei muito pouquinho. A questão foi "en passant", conta Giovana.
Para os estudiosos ouvidos pela Folha, esses blogs são perigosos, porque podem ser acessados por criminosos, dão margem a "bullying" e pode fazer com que a criança cresça sem noção de intimidade, sem respeitar a própria e a do outro. "Por que essa mãe alimenta essa necessidade?", perguntava uma psicóloga da USP.
"Ficou a impressão de que sou uma péssima mãe. E ainda uma idiota alienada, que aceita aparecer sorrindo numa reportagem como essa", diz Giovana, que afirma selecionar as imagens e mensagens postadas para não constrager o menino no futuro.
Não havia na reportagem nenhuma voz dissonante entre os especialistas, o que provocou, com razão, a ira das blogueiras. Em um post no Facebook, decretaram: "Maus jornalistas mexeram com a categoria errada: mães".
Elas afirmam que esses sites ajudam a trocar experiências, a diminuir a insegurança e a fazer novas amizades, além de trazerem dicas práticas sobre gravidez, amamentação, doenças infantis etc.
A empresária Carolina Longo, 31, do blog "Mulher e Mãe", postou que "a matéria trata todas nós mães blogueiras, como se nossa única intenção fosse expor a família". "A mulher que vira mãe é massacrada por julgamentos, como se não bastasse ter de lidar com suas próprias culpas. Além disso, a maternidade gera uma certa reclusão. Junte esses fatores e você terá mulheres angustiadas e sem poder colocar isso para fora. Nos blogs e no Twitter, elas encontraram uma conexão com outras que passaram pelas mesmas angústias", defende.
Tudo indica que a Folha não entendeu as mães blogueiras - ou não deu voz suficiente a elas. Nada contra levantar as possíveis consequências negativas dessa prática, alertar para os riscos, mas a reportagem ficou apenas nisso. Incorreu em alguns problemas clássicos do jornalismo: "falta de transparência com o entrevistado, tratamento superficial do tema e visão única dos "especialistas", chamados quase sempre a opinar genericamente, sem examinar os casos enfocados.
A Folha acabou, ao denunciar mulheres que exibem suas crianças na rede, fazendo pior. Expôs injustamente mãe e filho, em um veículo de alcance muito maior do que um blog de interesse restrito.
Folha de São Paulo,
Domingo, 12 de dezembro de 2010.
Era o mínimo, né?! Esse povo acha que ainda engolimos todo o enlatado que encontramos no nosso caminho. NÃO É ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAM! Tenho pena da jornalista que fez a matéria anterior... Deve estar se sentindo um lixo!
Enfim, é isso aí...
Nada como ter amigos, pessoas solidárias e a verdade junto de nós! Giovana bem sabe disso!
Beijinhos,
Bi